OS TRÊS DEGRAUS DO TEMPO
Podendo – quem sabe! – até haverMistério na noite e na fantasia,
É de supor uma só imagem ter
Sua conta e poder, gerando alegria.
Alegria de ver, como de bem-querer
Que à luz do silêncio tem no dia
Outra pose de sentar no degrau, e ser
A musa do desejo numa fotografia…
A cor, o jeito subtil, peculiar, distinto
A ondear, serpenteia entre documentos;
Que a vida, é cada momento que sinto
Ao nascer da esperança, seus sentimentosFeitos gesto, feitos respeito, jovialidade
Em cada dia, cada noite, e cada tarde!
Eis-me rasgando o instante em pedaços;
Embora sejam iguais as cordas tensas
Consequentemente, não podemos adormecer
É que, ao ver assim a beleza sem lhe tocar, a gente
Nas trevas da distância singro
Clicando rima acima se ruma no rio do tempo