AO ACORDAR CATRAPISCANDO EM BUSCA

E contudo, reconheço que neste olhar divertido
Entre o quanto por querido e o desejado existe
A brecha que se requer sempre noutro sentido.
É nessa nesga entre o que morre e o que resiste
Que há o prado mais luminoso e verde, mais florido
Que alguma vez imaginaste ver ou quiçá viste
Sequer no sonho de puro anseio utópico construído…
Podia chamar-lhe oceano da humanidade, porém
Pelo tamanho e finura que essa frincha ou fisga tem
Ninguém tal admitiria ser ainda que nela vendo tudo
Quem por ela espreitar e quiser ver a vida e o mundo,
Que até o infinito lhe cabe como sorte tida e inerente
Se cada um deitar ao redor o pestanejar febril – intermitente!
Sem comentários:
Enviar um comentário