A aventura das palavras... das palavras... as palavras... as palavras

A aventura das palavras... das palavras... as palavras... as palavras
São o chão em chamas onde as lavras

quinta-feira, abril 21, 2011


Me acorde, amor
Por essa altura, quando você chegar
Que a Lua também não demora
A acordar, pese embora, na planura
Da rua, minha e tua, banhada à prata
Do luar, como quem desperta
Se acerta, aparta e ata à pele nua
Para o sonho de ficar.
E fica, fica; fica, até o beijo madrugar!

domingo, abril 10, 2011

PÃO E VINHO


Fazer um poema não é como fazer um filho.
Não é partir uma vidraça. Nem é olhar uma cria
Enquanto brinca nas ruas do crescer
Nas escolas do crescer
Nas rampas do crescer
Nas pistas do crescer
Nas balizas do crescer
Nas passerelles do crescer
Nas discotecas do crescer
Nas tabernas do crescer
Nas avenidas do crescer
Nas câmaras do crescer
Nas camas do crescer
Nas bolsas do crescer
Nas reformas do crescer.


Não é. Mas comer uma azeitona de Elvas também não;
E todavia, ambas as coisas dão imenso gosto e prazer.

sábado, abril 09, 2011


Crepúsculo em Flash Natural


Sob o azul do túnel do regato verde da leda serenidade

Entre o silêncio da distância das ondas e o Sol ao nortear

A cujo ritmo a alma inventa a plena sede de eternidade

No pulsar do verbo se a Lua sopra o meigo pestanejar,

Vaivém de teu sim, consentido no sentido do lido céu…

Então, eu de mim somente serei mais teu do que meu

Posto que à rosa do teu rosto a que a nuvem pertenceu

Me esclareço, enfim, que do sofrido medo e ansiedade

Apenas a esperança de azul penteada se lembra de mim!



E nesse segredo imenso que há em dizê-lo a toda a gente

Eis que me renovo, se calo, o amor que só eu distingo ver

Que como contínuo renasce todo o ano em comum viver

Ao eclodir e irromper a cada minuto e instante… de repente!