A aventura das palavras... das palavras... as palavras... as palavras

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São o chão em chamas onde as lavras

quinta-feira, fevereiro 18, 2016

NEM TODA A PÍLULA É REMÉDIO




NEM TODA A PÍLULA É REMÉDIO

Que todo o poema é hermenêutico 
Por mais sucinto e breve que seja, 
Sabe-o a pena do poeta, se é ético
E em prosa verseja, como assim veja 
Mais-valia em qualquer prosar poético,
Se pla poesia integral a não almeja... 

O seu sentido é fechado, é circular
E diz, não dos sentidos o que é vulgar
Mas o que é matriz d'êxtase e empatia; 
Pois que dizer em verso não é pecar,
Nem tem nexo o desejo que vê e quer sexo
No polissémico amplexo da poesia.   

Todo o poema volta a si mesmo no fim. 
Do que resulta, ser de si propedêutico; 
E se nem todo o verso é poema, assim 
Não é remédio o placebo farmacêutico. 

Joaquim Castanho 

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