A aventura das palavras... das palavras... as palavras... as palavras

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São o chão em chamas onde as lavras

sábado, dezembro 03, 2016

ÍNTIMO PREVENIR






ÍNTIMO PREVENIR 


Guardo os teus cabelos, teu olhar
Teu jeitinho mágico de ser e estar, 
No mais íntimo, e secreto, de mim, 
Pra recordar nos dias em que te não vir, 
Onde, por sentir tantas saudades tuas, 
Chego até a ter vontade de morrer
Só para me pararem de doer… 

Guardo egoísta, em segredo, enfim 
Teu rosto de flor, de pérola, de luas
Que escrevem a prata, a nácar e marfim
Hinos de sonho n’alma, pra não esquecer
Teus gestos, doce e sereno encanto, 
Pròs dias em que te não vir, e queira morrer
Só para pararem de doer, 
Parar esse doer que doi tanto
De que o pranto
É o único modo de o dizer. 

Guardo cada segundo de ti em mim, 
Como valesse mais que a vida toda,
Para quando te não vir, possa assim
Ter uma recordação, quase bênção,  
Que me salve do naufrágio, alta tensão
Da ânsia que me põe a cabeça à roda.  

Joaquim Maria Castanho

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