
Sei dos gestos só aquilo que há
Para saber, nada mais que a plástica,
O incompreendido registo na prática
De uma intenção que se não vê nem dá.
São peças dum puzzle, retalhos vivos
De vidas sem princípio nem fim
Que ao sucederem entram nos arquivos
Fechados das gavetas bolorentas de mim.

Desta memória que insiste ser realidade
Farol, escora, muralha insegura
Que a cada dia me faz a caridade
De me tornar a vida ainda mais dura!
Sem comentários:
Enviar um comentário