A aventura das palavras... das palavras... as palavras... as palavras

A aventura das palavras... das palavras... as palavras... as palavras
São o chão em chamas onde as lavras

sexta-feira, janeiro 22, 2010

Torres Transversais




Às vezes percebo o anagrama a dizer, a vociferar
Eu mato-te, mas também não é isso que queria
Era outra coisa que igualmente não era ela
Eu amo-te as mesmas letras, sílabas, confirmo
É certo, contabilizo, mas estão muito desorganizadas
Sabe-se lá o que fizeram para terem sido condenadas
A significar o contrário daquilo pra que nasceram
Revoltadas umas com as outras, zangadas, contritas
O T duplicado como uma aliteração esotérica
Templária, cristianismo de outros tempos e credos
A besta à volta da Torre do Tempo a recuperar a dor
As vestes no cabide da moralidade rectilínea
E rígida e intransigente e fechada do sacrifício

Em nome da humanidade, outra mentira descarada
Nem sequer em nome de Deus, e muito menos a favor
Dos homens, foi deste ou daquele cujo poder vitalício
Quis abarcar Toda a Terra e ir além da sua vida
Ter a eternidade por conta própria e ao seu serviço
Mais um vassalo às suas ordens, contudo insanas!

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