A aventura das palavras... das palavras... as palavras... as palavras

A aventura das palavras... das palavras... as palavras... as palavras
São o chão em chamas onde as lavras

quarta-feira, maio 23, 2012


    23 DE MAIO


Sabes como é isso, de quando a gente se vira
Contra a ansiedade e angústia e desespero
... E luta!
Deve ser-te fácil pois resististe
Sobreviveste
À tua infância tanto quanto eu
Que nada sou além
Este produto do sonho pela verdade, emigração e exílio.


E que faz a dor ser pequeno insecto
À volta da vela luz de descobrir sempre
Outro caminho mais sereno e seguro de queimar as asas,
Ou a simplicidade dum girassol fixando o rei
De igual para igual exalando aroma e sementes
Por mais sequiosas que sinta suas raízes.


Pois bem: é mesmo assim que se aprende.
Reconhecer é pelo menos saber;
Duas vezes é mais importante que uma só experiência,
Como se fôssemos eu e tu numa curva 
Contendo as lágrimas e obrigando o rio a seguir
U N O    entre um de cada lado
Embora revolto contra as margens de nossos lábios.


Nunca esqueças então que no dia em que nasceste
Esta terra fez anos e celebrou-te
Argila da festa de esperar-te
                    E repetir-te
                    E referir-te
Dia de todo ano
Dia de todo o mês
Dia de todo o dia

Que nem fosse a alegria de teu nome
A porta que se abre para a vida
Na festa do avental secreto das flores
Raparigas celtas dançando plenas em roda
Na clareira silvestre da beleza que te sobra.


E escorre e molha e me lava


E me resta
Do passado banhado por puro sonho e cresta

A naufragar na imensidão oceânica de teus olhos.

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