PELOS
SONS DO CAMINHO
Soam
teus passos no paço da investidura
E
como sargaços no oceano da saudade
Têm
a liberdade de ser a sua armadura
E
descalços irem na água da eternidade...
Buscam-se
ante o silêncio de longa dura
Se
presencio as vozes sem cor ou idade;
E
mais que o sonho são a leda aventura
De
abraçar com ternura e autenticidade.
Perdidos
mas achados, soam pé-ante-pé
Nesse
marchar inclinados pelo balanço
Numa
mistura de samba e fado manso,
Que
nisso de dançar nada é puro – nem a fé
Cujo
xadrez quadrícula todos os credos
Sob
as mesmas esperanças, iguais medos!
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