Sina lida
Quero a voz a cozinhar o asterisco
Do ontem no estendal da roupa lavada,
Que viver é um desenho imprevisto
Qual rabisco de uma nova tabuada.
Nasço do ter sede de água corrente
A ungir-me de serena normalidade,
Que estou cansado de ser diferente
Na orla esquecida da humanidade.
Saído da forja incandescente do tempo
Moldo sobre a bigorna os nossos fados,
Caminho aos tropeções de cego
Apalpando as esquinas da lenda,
Tentando equilibrar-me na memória
Dos dias que foram ditos, eis-me
Assim perante o destino
Ainda que nele mal acredite,
Que por deixar de ser menino
Serei Hefesto, e tu... – Afrodite!
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