
Dá-me, da madrugada
Teu corpo aceso,
Que na alma pungente
A escalada urgente
Te socalca a chegada
Do desejo indefeso
Como em fito esguio
Viés sinuoso mas sem desvio,
Enleio riscado no rasto da estrada
Em vulcânicos eSSeS dessa serpente
Incêndio sibilado a silvar na terra de teu rio,
Catarata fervente vertida
Sobre as colinas do dorso e seios
Cadinho, labareda e delta da vida
Da qual sois meus fins, motivos e meios.
Xis de cruzar todos os Ocidentes
Ao desmaiado estertor
Que dizer é ouvir, gritar
É subir, descer, partir é chegar
Abraçar é voar nas correntes
Em combustão de lava na luz e fulgor
Entre sonhos incandescentes
A nadar no fogo do ar que nos respira
Nos retém e resvala, ata, solda, cala e vira
E tudo isso junto, enfim
Tenho para mim, que é apenas amor!
Sem comentários:
Enviar um comentário