A minha casa tem sete portas
Todas abertas de par em par,
Aquelas em que o Sol não entra
É porque estão viradas prò Luar.

No átrio, o relógio dá horas certas
Excepto quando são dez pràs duas
Que aí, escrito em círculos e rectas
Nas minhas teias e veias secretas
Apenas pulsa o sangue das tuas…

Ao ritmo binário deste solfejo
Cuja clave nasce quando te vejo
Ou se rodas a chave para entrar:
Na boca, o sorriso da rosa num beijo
E nas mãos, a SimpleS carícia do ficar.
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