A
CULPA É DO VENTO
Empurro
o sol contra o vento
Para
lhe secar de vez a voz,
Mas
descobre-me o intento
E
eis que é o vento a empurrar-nos a nós.
De
nada nos desculpa agora
Acabou-se-lhe,
enfim, a paciência;
E
quando sopra para fora
Atinge-nos
em cheio na consciência.
A
mim, sei bem porquê, já os demais...
Já
aos demais desconheço as razões.
A
tantos disse serem causas globais
Que
poucos lhe reparam nas alterações!
Joaquim
Maria Castanho
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