A aventura das palavras... das palavras... as palavras... as palavras

A aventura das palavras... das palavras... as palavras... as palavras
São o chão em chamas onde as lavras

quinta-feira, junho 26, 2008

Sonho Acordado de Repetir Auroras

A mentira de estar presente é tão-só pensar ilusão
Mas em ti tudo é lindo e sobre posto estou ancorado
Ser consciente é preferir o dia escolhido da paixão
Esse feixe de cabelos castanhos-escuros à tona da testa
Os olhos que se afundam quase longínquos entre livros
Capazes de emergir no nevoeiro em sonhos sustentáveis
Ao cruzar de célticos traços me chamam os lábios prà Net
Quando sorrindo lhe avivas a palavra solta descontraída
E sobram da mentira de estar apenas aqui por ti perdido
À espera que teu nome seja o único responsável do encontro
Marcado e assuma o sinal aberto da paixão incontornável.

Podia dizer-te tantas coisas mas somente me lembro
A lembrar-te, há todavia uma fonte que não esqueço
Onde nasce a veia que desagua em teu silêncio secreto
Porquanto ele Sopra sempre a Ânsia e Reprime a Angústia
Que Amar Recolhe a Alegria na Sorte que conhecer(-te) repete
Observa o desejo do crime que a eternidade em nós comete:

E amo-te desde o entre o tudo ao por nada sem ter fim
Mesmo quando serena me perguntas "o que é que foi?"
E assim a quase calada dúvida que sinto e no sentido dói
Por não saberes serem somente teus olhos a raiz de mim...

Que são eles apenas quem me segura à vida e nela contam
Me balançam entre o sonho e a paixão, iluminam a manhã
Dos amanhãs fazem o laço, atam o passado ao futuro infinito
Fiam o presente, tecem do novelo enleado em que acredito
No linho a rosa branca que de vermelho as palavras pintam

Se tuas, que a gravitar à volta da verdade são os olhos duas luas
Apagando buracos negros no cosmos e acendendo eternidade!

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