A aventura das palavras... das palavras... as palavras... as palavras

A aventura das palavras... das palavras... as palavras... as palavras
São o chão em chamas onde as lavras

sábado, agosto 02, 2008

Quando enfim voarmos de Ítaca para Roma ou no regresso
Inverso voo de conjugarmos o ser diverso que somos, és e sou
Ou soar sobre o mármore das escadas o tilintar das lídias
Rolando degrau em degrau como uma História que saltita
Entre os cômoros do tempo onde se ergue o nosso bairro
Na encosta frente ao mar saberemos o destino de cada barco
Cada silêncio à tona do azul cintilante no esgar dos dias
Lua deslumbrada mas tão equívoca aos instantes de prata...

Porque se Ítaca nos receber de volta, sim iremos certamente
As rédeas nas asas à solta sem freio qual voz incandescente
De moldar o vidro com o sopro simples do murmúrio ledo
Ciciada penumbra sólida das esquinas insolúveis do segredo.

Iremos sim, sem serôdios recatos nem esperar outras alegrias

Nem sufrágios alcantilados nas ruínas agrestes alinhados cedo
Além dos socalcos natos das varandas donde a ver-te me vias!

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