(RE)ENCONTRO
Ninguém adivinha até onde pode chegar
A distância dobrada pela solidez
Do silêncio, pronto, finito à pequenez
Do verbo – amar é sempre ruptura
Ponto de entrelinhamento , sutura
De conjugação propensa ao ansiar
Ambíguo de escrever a sublime doçura
Dos olhares que se perdem em buscar.
Somos ínfimos, é certo, no sentido pleno
De nos dizermos grandiosos
Num mundo tão pequeno.
“ Onde foi que nos vimos pela última vez?!... “
Façamos de conta que foi na imensidão
Da planície ensolarada dos tempos talvez
Há mil anos junto aos rochosos
Desvãos do silêncio dado da mão.
Há mil anos... Quem diria!...
E ainda nos reconhecemos!... Como quando
Ao fim do trabalho de um longo dia
Nos vamos à beira de ser soletrando!
Tivesse sido ontem, ou já agora:
Há tanto, tanto tempo numa hora!!...

PODIA
Um homem e uma mulher sabem
Sempre quem são se os olhos mentem
O que a voz desdiz – e quedos
Murmuram serenos quadros
Dum imperioso desejo que se quis.
Que apagou pétreos medos
Ao corroído silêncio dos segredos
E fez do ser um campo de aventura,
Qual seara ondulante sob a brisa da ternura.
Podia até haver temporal! Podia
Até o sol cair a pique na planície!
Podia até o sonho revulsionado
Naufragar nas escarpas da crendice,
Que o dia seria de constante calmaria
A pairar no olhar apaixonado
Dum homem, duma mulher... Que se queria!
FINALMENTE
As horas passam diluídas
Na espera dum ocaso diferente.
São sinais de morse, pontos ..
Traços - -, .. pontos, a terçar encontros
Nos S O S da gente.
São fazeres de assim,
Olhares de dizer nas vidas:
Até que enfim!
Ninguém adivinha até onde pode chegar
A distância dobrada pela solidez
Do silêncio, pronto, finito à pequenez
Do verbo – amar é sempre ruptura
Ponto de entrelinhamento , sutura
De conjugação propensa ao ansiar
Ambíguo de escrever a sublime doçura
Dos olhares que se perdem em buscar.
Somos ínfimos, é certo, no sentido pleno
De nos dizermos grandiosos
Num mundo tão pequeno.
“ Onde foi que nos vimos pela última vez?!... “
Façamos de conta que foi na imensidão
Da planície ensolarada dos tempos talvez
Há mil anos junto aos rochosos
Desvãos do silêncio dado da mão.
Há mil anos... Quem diria!...
E ainda nos reconhecemos!... Como quando
Ao fim do trabalho de um longo dia
Nos vamos à beira de ser soletrando!
Tivesse sido ontem, ou já agora:
Há tanto, tanto tempo numa hora!!...
PODIA
Um homem e uma mulher sabem
Sempre quem são se os olhos mentem
O que a voz desdiz – e quedos
Murmuram serenos quadros
Dum imperioso desejo que se quis.
Que apagou pétreos medos
Ao corroído silêncio dos segredos
E fez do ser um campo de aventura,
Qual seara ondulante sob a brisa da ternura.
Podia até haver temporal! Podia
Até o sol cair a pique na planície!
Podia até o sonho revulsionado
Naufragar nas escarpas da crendice,
Que o dia seria de constante calmaria
A pairar no olhar apaixonado
Dum homem, duma mulher... Que se queria!
FINALMENTE
As horas passam diluídas
Na espera dum ocaso diferente.
São sinais de morse, pontos ..
Traços - -, .. pontos, a terçar encontros
Nos S O S da gente.
São fazeres de assim,
Olhares de dizer nas vidas:
Até que enfim!
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