A aventura das palavras... das palavras... as palavras... as palavras

A aventura das palavras... das palavras... as palavras... as palavras
São o chão em chamas onde as lavras

sexta-feira, setembro 07, 2007

Oferenda


Ontem, paguei trinta maidins pelo teu colar
Na loja do artesão Maïa ao lado do templo,
Arina emana agora a luz do teu pescoço de gazela
Descem raios como plumas no vale dos teus seios
Brilha-te o sorriso quando altiva fitas o ocaso
Despes o violeta ao lusco-fusco e ensinas o ventre
Às gotículas de água cristalina que te perlam a derme,
Mulher lei de ler cada verso de teus cabelos nos ombros
Descidos, o desalinhado solto a rimar-te no dorso
Quando flectes o tronco içando os lábios aos céus
O queixo entre espasmos de gritar a nobreza sôfrega
Soberana dum grito que nos explode dentro do pulsar
Revulsão de entrega no rigor do gesto anunciador
Grito gritado de implorar o sonho febril e sequioso.

As cinco partes de nós reunidas ao toque da alvorada
Nascente planície da carícia líquido mel de tua púbis
Emaranhada mata de mistério e frescura ensolarada!

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