A aventura das palavras... das palavras... as palavras... as palavras

A aventura das palavras... das palavras... as palavras... as palavras
São o chão em chamas onde as lavras

quarta-feira, setembro 26, 2007

Soneto da Abelhinha

Na atmosfera matinal e resplandecente
Deambulava com seu zumbido constante,
Uma abelha cor de ouro frio, cortante,
Mas de límpido bater de asas, transparente.

Voava livre, pura, sensata, mas de repente
Avistou no campo flor de cor berrante.
Então, sem deixar morrer minuto, instante
Desceu do astral reino, tendo em mente
Sugar-lhe o onírico pólen, de perlas melado
Em repasto para o seu sempre insatisfeito
Desejo de voar-lhe, em pirueta, dentro do peito.

Enfim, nas pétalas jungidas, em abraço rodeado
O açúcar silvestre em líquido mel transformou,
Até ficar cheia. Depois... – depois voou!...

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