Acaso
No ocaso da rua
A acaso da rapariga.
Mas não, não é aquela.
A outra era de outra rua
No acaso de outro ocaso
Em outra cidade por acaso
E ao caso todos éramos outros.
Ouço Vozes de Ver-te
Fala-me de ti...
Procura o meu espaço no teu passo
E não te importes com a cor da bandeira
Na maneira desfraldada,
No mastro da nossa armada.
Fala-me de ti.
Diz o silêncio quando apagadas são
As cintilantes esperanças do teu olhar
Quando mão na mão e entrelaçados dedos
Ouvimos os segredos que conta a terra ao mar.
Fala-me de ti
Quando os limites da procura são a fronteira
Do corpo não apagues a janela, a seteira
O disparo da palavra conquistada
Que isso de acertar à primeira
É apenas sorte de quem não quis nada.
Fala-me de ti.
Procuro o meu tempo, procuro a procura,
Mas eles falam-me de ti
E eu sei que não será loucura!
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