A aventura das palavras... das palavras... as palavras... as palavras

A aventura das palavras... das palavras... as palavras... as palavras
São o chão em chamas onde as lavras

terça-feira, setembro 23, 2008

(A + B) x C = D

Pus as mãos em concha na água da fonte nascente dos rios
Que ao princípio era o nome soletrado beijo se fez espuma
Seiva, saliva, soro que a língua tornou verbo interligação
Da qual só se saberá o significado se aberto completamente
E entendermos que lhe escorre dentro transparente e fugaz
Veloz Borak à desfilada pelas secretas planícies do silêncio
Leva-nos ao acto e devolve-nos de volta apenas numa noite
Que Ela transporta a pérola do olhar de Rita, a leda rainha
Aquela que habita a nave onde Sarah é a ternura e princesa
Sucessora do lácteo brilho liso espelho no mar de estrelas
Farol que encandeia os deuses e lhes guia a sôfrega alma
O Shofar soa agora acompanhado das liras lídias e frígias
Entre o azul da solidão cósmica e opaco luto da eternidade
Manto de lusco-fusco e apresta aurora tingida em púrpura
Nácar e violeta madrepérola esculpido espólio de Pompeia
Na tecida tez de aveludado pêssego que a boca consome
Soletra líquido sol suculento fogo de incendiar o sangue
Nenúfar incandescente em nocturnos lótus da grega Nisa
Euclase lapidada nas faces de seda de Margarittas em flor
Pétalas silentes da silene nos nichos de granito os umbrais
Portas do templo do corpo por cujos seios gritam aos céus
O mel dos figos maduros na cremosa espiral do teu néctar
Oceano onde A e B vão Cerzir o Delta irreverente do sonho
Signo de Albatroz no anel dos gomos das pirâmides de Gizé
Primeiras letras do verbo no alfabeto da soletração de Reia
Gaia semente onde a amizade se transforma em sabedoria
Capital próprio de investir no ganho certo da amizade universal

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