A aventura das palavras... das palavras... as palavras... as palavras

A aventura das palavras... das palavras... as palavras... as palavras
São o chão em chamas onde as lavras

sexta-feira, setembro 05, 2008

@lbatroz On

(Notícia de última hora: Andam remando sonetos no ar onde os argonautas do sonho recolhem almas no céu aspergidas, reluzentes e à deriva no olvido, em silhuetas de ouro. A algumas (Negreiros) cativaram-nas; a outras, não.)

Havia uma incandescida multidão fremente à porta do verso
Adornada com flor de sal a soleira desmaiava nos umbrais
E entre as colunas do cais os barcos erguiam as velas ao céu
Gritando sua cruz como farrapos brancos às esquinas da luz
Havia o sorriso amainado nas réstias azuis como silente véu
Confinadas arestas dos ombros sombreavam as rubras areias
E cintilantes auras reflectiam doces odes no solfejo das ondas
Porque auferiam do regresso do ansiado rosto na alma refeita
Clímax de abrir rosas divinas em odores sentidos na ode eleita
Cascata sinuosa de anéis resolutos das águas rimadas a sangue
Penteadas na seda airosa dos rebentos auríferos e beijo langue
Cuidado no aroma rebelde dos doces oásis em saliva oblatados
Senda aberta no remanso das algas listradas das vestes leoninas
Clube de ambos no rendido desejo de ouvir o silêncio do olhar
Alvo segredo recolhido amor nas sibilinas sílabas de ser e arar

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