A aventura das palavras... das palavras... as palavras... as palavras

A aventura das palavras... das palavras... as palavras... as palavras
São o chão em chamas onde as lavras

terça-feira, setembro 02, 2008

Os meus versos não são versos são estrofes preces sem contrição
Actos livres e soltos à consignação do verbo vértice do parágrafo
Vertigens brancas de espuma que medem a sofreguidão do mar
Escorrem como areia molhada no raio X de todos os impérios
Roma em concha de tuas mãos imperecíveis de navegante à tona
Solitária flor entre grãos das escarpas rochosas do ritmado pulsar
Remada de comprimento da onda vaivém na respiração completa
Inspiração própria do coral que expira na espiral da monda certa
Segar escolhos de escuma nascida nas esquinas da escuna rasgada
Objectivo final da rebentação do ser a ferver na praia desmaiada
Em balões de vidro sobre o areal manso do ventre ao remanso
Enseada aberta como porto seguro dos sonhos oráculos sagrados
À flor da História na memória de alerta infinito feito onírico sal
Sol em @nforas peregrino a soldar ocasos fiéis a idílicos abraços
Entre o poder que cura quando saras a pedra em frincha aberta
Altar onde florescem os nomes que ligam o sangue na ara secreta
Anseio digital no gineceu de Itaca onde Hipátia segrega mel sábio
Sede de alianças que se entrelaçam no sereno repouso dos deuses
Estendidos na areia ao Sol cintilando como esmeraldas facetadas
Polidos pelo esmeril da mão das palmas desenhadas idas palmiras
Leques de bafejar fresquidão ao regaço da senhora dos planetas
Renovar os dedos dos sonhos que se entrelaçam cobras sôfregas
Na vara da fala que não sucumbe aos medos e deles a si nada cala
Desde que hajam agoras raros alcantilados no silêncio dos olhos
@bertos ao sigilo das ondas fulgentes na Iris das auroras vigentes
Auríferas lágrimas de euclase na pura face do Mercúrio que cura
E saras com o fogo da palavra pré-bíblica numa cobrança decimal
Gesto de reserva e tranquila submissão ao elo universal das estrelas
Nove sejam elas que tu a primeira reconhecida igualmente planeta
Lava de Lua amoldável na bigorna dos Hefestos da palavra acesa
Dízimo em receita dos contributos divinos pelo aluguer humano
Renda paga pelos deuses para poderem imitar homens e mulheres
No corpo e nas vestes, nos prazeres e na beleza, no ser e pensar

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