A aventura das palavras... das palavras... as palavras... as palavras

A aventura das palavras... das palavras... as palavras... as palavras
São o chão em chamas onde as lavras

quinta-feira, junho 30, 2011

Cornucópia Sigilosa

Inclui minha prece no teu sonho de mar e sol
E escuta o respirar dos búzios nos meus olhos
Entre as frondes de seda a pingar como vimes
O silêncio sob as ramadas pendentes, a sombra
Fresca, aquele parêntesis entre o chão e o (in)finito.

Mas não desmaies na acutilância dos símbolos, nunca
Inequívocos e sonoros rompem significados adiante
Rasgam a dor como a solidão ou a verve ostracizada
Reinventam as cores dos universos mais distantes
Apuram no alambique dos sentidos o paladar de dizer
Dialecto dos deuses transversais à humanidade acesa.

As liras e as harpas conhecem-lhe a dedilhada tradução
As flautas já lá andaram perto por tão bucólicas serem
Porém a esconderem-se pastoris nas clareiras dos bosques
Nos romances de outrora cujas pastoras os enfeitiçaram
Regatos cristalinos a descerem na sede dos altos degelos…

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