Quando no Soslaio se Entardece
Andava eu morrendo por tão pouco ver-te,Que da alma me estendo como puro rio,
E eis senão quando aceso o fulgor da arte
Se incendeia ante a busca pra matar o frio.
Podias ser breve, distante, fugaz, ou inerte
Como uma figura tecida pelo rasgado fio –
A luz que mostra também pode esconder-te... –
Se ao poder da voz te aliasses como me alio.
Mas mais que som dito és constante presente.
Mais que verbo és igualmente oração, prece
Em complemento direto ao coração que sente.
E assim, apareces na tarde que me amanhece
Todos os dias em um lusco-fusco intermitente;
Que a vida é a luz que entrelaçada enternece!
2 comentários:
bonito, seu blog!
Obrigado Larissa, pelo comentário e pela apreciação. O teu blog também é bem expressivo, e os teus poemas são exemplares. Felicidades para ti, amiga
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