DA INEGÁVEL IDENTIDADE
É na correnteza das horas
Que ligam os dias aos dias
Os meses aos anos, e as alegrias
Que nos damos aos puros agoras
De sermos ainda quanto fomos
Como nos dizemos ser – e somos.
Nada nos acode, nem limita;
Nada nos obriga, nem liberta.
Mas se a dúvida desperta
E a curiosidade incita,
Eis que de pronto nos erguemos
A crer em quanto queremos.
Queremos o sol na réstia da alma
E o brilho da flor na clara voz:
A linha da vida a correr na palma
Da mão, que o carinho somos nós!
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