A aventura das palavras... das palavras... as palavras... as palavras

A aventura das palavras... das palavras... as palavras... as palavras
São o chão em chamas onde as lavras

sábado, novembro 10, 2007

Da Conjugação no (Com)Participativo

Ler, traduzir este gesto de gestas por outros gestos
Saudar a crescente e infinita legião de mortos,
Socorrer-me do fogo no vulcão labiríntico do ser
E estar sempre pronto que nem recruta disciplinado...

Sofrer a plástica das paisagens e montes alentejanos,
Passar os dedos pelos índices dos desesperos alheios,
Ouvir ruídos arrastados nas catacumbas correntes fluviais
Deste quadro como se ele fosse fosso de castelos medievais...

Ansiar que a lebre se não atravesse na vereda ao cavalo,
Zunir como jacto que besoura e debica a crosta terrestre
E querer chegar mais depressa ao local do crime proposto
Sem anexar os membros e vísceras de meu íntimo clã...

Escutar amenas confissões ao lusco-fusco enamorado
Por saber que nem todos os amores são lícitos e puros
Mesmo quando três rimas os adocicam de laranjeira
E labaredas flores de incêndio na floresta ao lado...

Para quê? Quem fez o eterno favor desta imagética
Se os deuses não nos exigiram adulterar-lhe o segredo
Nem pediram a outros deuses seu concílio de inconciliação?
Todavia, cúmplices até na voz dos gestos desta gesta

A brisa contorna-nos, se retidos, e acaricia-nos o olhar!

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