Discreta por Sinistro Decreto
Sabe-se muito pouco acerca dela... Sim, consta que, acasos...
Às vezes aparece. Os olhos pestanejam-lhe como bonecas,
Tipo semáforos de intermitente amarelo para filtrar ocasos
Ou flertar entre cervejas e até dançar com as surrobecas...
Mas... Que mais dela se pode dizer? Se tem família? Que faz
Ninguém confirma. E se do talento lhe assiste alguma rima
Ou pendor para explorar conceitos... Apenas se sabe que traz
Nesgas de mistério, visgos onde caem os carentes e atreitos.
Rumores, quiçá rara palavra comedida entre sonoras batidas
Silêncios de house tantam entre gestos de ritmo robotizado,
Máquina de curtir o momento sem momento futuro adivinhado...
Que se basta em ser indiferente ou nada mostrar e menos sentir
Que o inferno são os outros e só trazem à vida dobradas lidas
Para quem viver é vedar, fugir, correr para que jamais o permitir
Viver seja o misturar a sua, sendo nada, com as demais vidas!
Sem comentários:
Enviar um comentário