Minerva doutorada
Quando te conheci, tinhas um sol em cada mão.
De um lado, emanava a luz do conhecido e alcançado;
Do outro, as réstias cintilantes da ousadia e do tentado.
E o sorriso transparecido de quem traz na língua o coração.
Mas ao toque de vésperas, que antecede a dor e a escuridão
Se então na noite a Lua nem Vénus se vislumbram sob o breu,
Puseste sobre as níveas faces as máscaras coloridas da ilusão
E ficaste repartida entre o que deveras eras e te imaginava eu...
Há quem diga, que acreditas ser esse o teu principal condão:
Acabar com todos os sonhos e demais esperanças infinitas
Só para reteres as pepitas e temeres perdê-las ao abrir a mão.
No fundo, queres subir ao céu embora penses, faças e repitas
Tudo bento e com requinte igual aos que no inferno estão
Fizeram, pensaram, disseram, e calando pagaram por salvação!
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