BIG BANG
Há, com certeza uma forma simples de dizer
Onde se levantam as brumas o olhar se esconde,
O silêncio translúcido de apoucar a pequenez humana.
Há; eu sei. Os Antigos chamaram-lhe tempo
Outros, fonte
Em que o sagrado se corporiza no escorrer
Líquido pelo apelo de quem ama.
Há tudo quanto é possível nomear-se; tudo.
Mesmo o invisível e inexistente existem.
Ainda o medo de morrer, quedar-se mudo,
Ficar pedra, murchar fechado como os lábios
Que resistem.
Bloqueios de não desaguar em oceanos sábios
Dos rios que em si encerram e permitem.
Há – eu confio. É a tua voz,
Teu sorriso, teu andar liberto,
Teu corpo de mulher, menina no mar aberto
Quem mo diz, quando teus e meus olhos gritam “nós”
Mas pensam eu
A evoluir,
Na espiral, a subir
Cintilando para explodir
No infinito céu.
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