Sagrada, a Aurora, Reflecte Alegrias
Demais sagrado apenas o subtil respirar teu
A profanação da alma perene e (in)temporária
A exorcizar a ignara e teimosa resistência
A matar-me os fantasmas mais profundos
Enraizados, recônditos, soletração da inocência
Exposição imediata, perpétuo, o teu gesto
Germinal abertura ao diálogo ledo e livre.
E do corpo aquela greta rubra da fala
A fenda dilacerante da língua vulcânica
O sorriso da palavra que prometes mágica
A recolha da pérola entre os teus dentes.
A da boca a fala, o rasgo anímico
A consumação do sagrado alquímico
O filtro, o elixir com que me prendes
Me prendes, surpreendes e suspendes
Entre os lábios de nos soletrarmos sós,
Únicos, na procura da explosão de nós!
Sem comentários:
Enviar um comentário