A aventura das palavras... das palavras... as palavras... as palavras

A aventura das palavras... das palavras... as palavras... as palavras
São o chão em chamas onde as lavras

sexta-feira, maio 30, 2008

Abraços são Reservas Anímicas dos Sonhos

Desço a Serra, escorregando-lhe pelos flancos. Não me vês?
Eu sei que não... Também não é lá que estou. Nem tu.
É aqui, a ver-me descer os olhos sobre ti, ajoelhar-me
E com sucumbido arrebatamento beijar teu abdómen de luz.

Trago aos ombros o molhe de sonhos que os deuses esqueceram
De levar para o céu quando partiram sob as trombetas da alvorada
E os olhos cintilam das infinitas brincadeiras a aflorar dos lábios
Com que as crianças me depõem entre os sortilégios preferidos.

Logo, talvez mais tarde, virás buscar um, dos mais mágicos e potentes
Talvez aquele que consigo me acarreta sobre as espáduas olímpicas
E me leves, sem nunca chegar a saber, qual a sorte que ele te deitou
Nem como ela se cumpriu quando o meu, ao teu nome, se abraçou
Letra a letra jungido, numa sábia sílaba de salvação apertada
Até que entre cada fonema não coubesse, nem soasse mais nada!

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