A aventura das palavras... das palavras... as palavras... as palavras

A aventura das palavras... das palavras... as palavras... as palavras
São o chão em chamas onde as lavras

terça-feira, maio 13, 2008

Soltam-se Alegrias em Raras Almas

Deixem-na ser simples assim como um dia de Julho
Transparecer a fala e dançar em cada letra breve
Soletrar a voz imensa do luar no límpido marinho
Do céu padrão oceânico à bolina vogando no azul
Borboleta de multicoloridas asas nas matizes das vozes
Um rouxinol à procura do eco em que possa pousar-se
Um canto em busca de sua gaiola, seu imperador eleito
Sua boca, vulcão túmido, apurado no silêncio do grito.

Deixem-na apenas ser simples, que é a brincar ecolalia
Que se começa a perpetuação do zero no redondo da voz
Na formação de tudo isso composto e somado que dá nós
Quando conjugação integrante de uma oração preciosa
A fala, o gesto, a tarde, a luz, o corrupio do trânsito citadino
A outra conjugação, copulativa no retrós do modelar figurino
A garganta implorando água, somente sede, só sequiosa de ti.

Deixem soltar-se nela a alegria vasta e redutora da ilusão
Que é seu destino ser sem destinatário a própria missiva
Breve mas secular, mapa genético nuclear ao DNA
Cratera de fogo na placidez falada do corpo que não resigna
Sôfrego encontro entre os passados e os futuros inauditos
Gesto inédito de embandeirar os cabelos ao vento são velas
Redondas de rumo, grávidas de remar adiante, adiante, adiante
Muito para além da vida, esta coisa irrequieta pequena e frágil
Que apenas por ser nossa tanto prezamos e ímpios defendemos.

Porque um dia haverá em que baixamos os braços e, nisso, a vida

Continuará a tua luta imperiosa, apenas por uma questão de hábito!...

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