A aventura das palavras... das palavras... as palavras... as palavras

A aventura das palavras... das palavras... as palavras... as palavras
São o chão em chamas onde as lavras

quarta-feira, fevereiro 20, 2008

Alvo Relâmpago de Abrir Solidões

Não sei se é crime, mas somente faço versos
Quando estou escondido dos receios absurdos
Das palavras pueris, ou dos gestos perversos
Com que se enleiam gerações de narcisos surdos.

Sou um penitente. Uma dor mudada, apreendida
Feita do quase nada que me apagaste da vida.

Um dia foste, no outro já não estavas.
E quando naufraguei na solidão deixada
Vi como na brevidade das marés acostavas
Ao silêncio da promessa só por mim sonhada.

Eras o desencanto, um encontro adiado
Que no fundo do meu exíguo ser perdido
Se fez esperado. Porém, mal consentido
A transformar-me no dia antes do intolerado.

Contudo, sob a tempestade o raio brilhou
E ao trovejar ímpio e irritado da verdade
Deste-me a liberdade, de amar-te como sou!

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