A aventura das palavras... das palavras... as palavras... as palavras

A aventura das palavras... das palavras... as palavras... as palavras
São o chão em chamas onde as lavras

segunda-feira, fevereiro 11, 2008

DN azinho Estranho

1.

Já nos tempos antigos havia antiguidades
Casas cavernas repletas delas preciosas coisas
Que os homens mais prósperos protegiam cidades
Regalos jardins estátuas ídolos telas e lousas.


Já das antiguidades falam com’os antigos homens
Sendo rústicos e impuros amavam a beleza lida
No algo que a representar sabia dos símbolos as imagens
Cujo arrebatamento mais estragos e tempos roubava à vida.


Já das raridades que o tempo esquecendo consumou falam
Os sanscritos quotidianos decorativos nas lápides rupestres
Mas a vida passa a morte perdura mais quando os corpos calam
A fímbria germina nos astros interiores e rios silvestres.


Porque estas veias desaguam todas num oceano de saudade
E escrevem e desenham e esboçam e resumem milénios de ansiedade
Expectativa excitação orgasmo da semente cósmica explodida
Para inventarem só com quatro letras a maior das palavras: vida!


2.


Se julgas que não vou esperar por ti desengana-te que vou esperar
Por ti é sempre por quem espero até porque ninguém mais sabia
Que estar aqui era o quanto por ti unicamente esperar podia.


Tu havias de passar e então tudo floresceria
Enquanto fosses a passar,
E eu diria:
Que bom estares a chegar,
É que por tanto esperar
Eu esperei passares um dia.

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