Secreto Adiar em Respostas Acabadas
Há sempre essa stressada coisa de decompor silêncios
Offs irrecuperáveis, metáforas de distâncias intransponíveis
Pequenos muros que limitam o aspirar aos céus infindáveis
Sofríveis, e derradeiros, e cruéis, e devastadores, e imensos...
Há sempre portas desenhadas em todas as masmorras
Ilusões para a liberdade, virtuais janelas do ser
Que se quer sequioso e faminto e imperioso e urgente até perecer
Como se fosse descartável na voz das bestas e suas patorras,
Centuriões da ignorância, ímpios algozes da frustração e do poder.
Há sempre esperas, infinitas no abrir da cova
Mortos que aguardam vez prà sepultura, que o medo renova
Por cada outro que caiu ao nosso lado, companheiros assim
Num dia "boa tarde", no outro ninguém fala
Os olhos para os não vermos estendidos ao comprido
Na vala,
Inteiriçados, incrédulos ainda, esperando enfim
O acordar para acordar, como quem cala o silêncio de mim
Sempre a escavar, a escavar, a escavar, a escavar nova
Sala.
Há sempre coisas que ninguém quer ver, não
Obstante a vida, o irremediável perder da razão
Seja o único parágrafo de uma Lei que Deus não decretou
Por impotência, abdicação, ignorância, desconhecimento de ser...
Quem somos? Quem és? Quem sou!
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