A aventura das palavras... das palavras... as palavras... as palavras

A aventura das palavras... das palavras... as palavras... as palavras
São o chão em chamas onde as lavras

segunda-feira, junho 28, 2010

Décimo Quarto Cálice


Só quando te quero sou
Sou quanto te quero só,
Que dizer é içar-me voo
Venho e vou de dar o nó.

Crescer como um laço
Ao beijar o colo de jade,
Cruzar o tempo e o espaço
Nas asas em V da verdade.


Receber-me quando dou
E dar-me apenas abraço,
Cedendo tudo o que sou
Nos teus olhos de melaço.

Mel das flores silvestres
Alfazema, rosmaninho
Violetas entre agrestes
Junções do azevinho.




Dizeres de fresco pão
No miolo enfarinhado,
Que cada dia é canção
Se à vista do bem cuidado.

Do bem que se não perde
E das flores iguais bens,
Que se à flor, que bem herde
Há-de ter o que só tu tens.


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