A aventura das palavras... das palavras... as palavras... as palavras

A aventura das palavras... das palavras... as palavras... as palavras
São o chão em chamas onde as lavras

sexta-feira, junho 11, 2010

Quarto Cálice



É preciso amar muito uma pessoa para lhe escrever o nome
Em cada verso avulso há esse sentido no escorrer das sílabas
Anteriormente rimadas na antecipação sujeita e papiroforme
Esquissos de amoras nos reflectidos astros similares às opalas
Com que a noite erige socalcos de ambrósia regenerada alma
E me chama na alvorada rica em áureos sinais da pura calma
Em ter-me súbdito alerta a render acatada suserania pelas falas
Dizer ansiedade é reduzir aspirações do sentimento conforme
Ao muito mais que alcança o requerimento de alguém superior
Que superiormente aceita o rimado alívio por sentir-se só amor...

Ninguém pode destruir o que assim refeito ante a suma existência
É opalina aurora rasgada na austeridade sufixa da luz de Arina,
Do quanto ainda as rosas anseiem ser-lhes semelhante opalescência
Jamais o conseguirão por se sentirem ausentes da reflexa anima
Que só a si assiste reparada em autoridade real e alva suficiência.



É esse o líquido que em fogo me arde cor de sangue aberto e raro
Quando ao verter teu nome em mim se acende registo antigo, caro
Entre os demais raros que saram o rasgão do dardo a que me acerto
Sendo cupido das setas que com meu próprio arco tenso me disparo
Na acesa rebeldia armada de sucumbir ao distante por estar tão perto,
Sendo até utopia, horizonte escrito na lei eterna da nascida anuência,
Essa coisa reflexa que é ver-te, e naufragar, cair fundo no desamparo!

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