A aventura das palavras... das palavras... as palavras... as palavras

A aventura das palavras... das palavras... as palavras... as palavras
São o chão em chamas onde as lavras

segunda-feira, junho 07, 2010

Primeiro Cálice


São esses altares de rigor a Arina em segredo edificados
Sempre que as pétalas de veludo de tua pele deslaçam
E na alvura marmorínea o sorriso descreve os passados
Mas é o futuro que leio se meus lábios aos teus soletram

Na linda do silêncio, ao fundo da tutelar penumbra
A tarde aguarda ante o cintilar sincopado do browser
Teu perfil sob a cascata sedosa dos cabelos síceranos-
Sibilinos sussurram-me o olhar ledo de colorir a sombra
Repetindo cada gesto tudo quanto o sonho apenas requer
E crescem-me aos olhos tamanhos os amanhos de mulher
Os trabalhos, as lides, as esperanças que só o desejo cobra
Pondo cobro ao tédio se sobraça e grita, incita e tece obra:

Eis o aval de quem se prende por cativo preferir ser homem
Cuja bandeira sacudida alude rebeldias ancestrais helénicas
Na senda dessas flores acesas que em ternura se consomem
Brilham nos céus pejados labaredas iridescentes e académicas.


Não sei quem foi que disse isso ser amor alguma vez sequer...
Porém, essa esquina única em que a alma se baloiça e me dobra
Ferve em cachão se tua mão me açoita semeando nessa sina sobra
De vivo esse ser, ao soltar-se o silêncio audaz no repentino arder!

Sem comentários: