A aventura das palavras... das palavras... as palavras... as palavras

A aventura das palavras... das palavras... as palavras... as palavras
São o chão em chamas onde as lavras

segunda-feira, junho 28, 2010

Décimo Quinto Cálice


Tulipas-lírio, dálias franjadas
Orquídeas, crisântemos, açucenas
Ladeiam os degraus das escadas
Ao Olimpo das mulheres pequenas,
Porém tão grandes e tão amadas
Que entre as flores mais cuidadas
São de todas elas, as mais serenas.

A cobiçada pose dos ramos singelos
E as vestes numa folhagem estival,
A seda escura dos castanhos cabelos
Certos e rimados ao meneio musical
Ondas sossego e escadeados anelos
Navegáveis sem nós nem novelos
Que encrespem os dias por igual.



É tudo tão simples, assim, encantado
Que do recanto nasce o canto vertical
A esquadro e a compasso desenhado
Como canteiro, ou minarete floral
Esboçando tela de quadro conventual
Para quem sonha, e desse sonhado
Floresça o sentido do sentir universal.




Início do que não tem princípio nem fim
Nem carece de conceito ou até de meio,
E completa tudo quanto falta em mim
Se dos teus lábios bebo o cálice cheio!

2 comentários:

Lídia Borges disse...

Bebe-se um tanto de serenidade, ao vaguear neste espaço, nestas imagens, nestas palavras.

Obrigada!

L.B.

Joaquim Maria Castanho disse...

Eu é que devo agradecer a tua passagem atenciosa e benigna... Obrigado por ti, e por essa flor que tão bem vai erguendo suas pétalas de sol ao dizer dos homens e mulheres conscientes e responsáveis.