A aventura das palavras... das palavras... as palavras... as palavras

A aventura das palavras... das palavras... as palavras... as palavras
São o chão em chamas onde as lavras

sexta-feira, junho 11, 2010

Terceiro Cálice



A Deus Arina escutou meus pedidos mais íntimos e profundos
E o delta de fogo me verte nas veias teu silêncio incandescente
Sagra-me aedo dos rituais do amplexo entre o Sol e os mundos
Entre a história e a ficção, entre o imaginado e o ainda existente
Já se esculpe a muralha do futuro em seus devires vagabundos,

Qual gesto de lírio entre as caiadas frias arcadas dos claustros
Eclode o senso da pétala azul e lilás a ocultar-se na coluna plena
Se fecha como biombo ou luminescente leque de vivos astros
A esconder tão-só a luz da luz que há da razão na manhã serena.



Ninguém saberá nunca até onde alcançará o licor nosso segredo
Até onde, a que reino chegará esta soletração arisca da regra alva
Nem, muito menos, que significa isso de dizer o amor sem medo
A crepitar polposa flor-de-cera como em verde veludo da malva.

2 comentários:

Úrsula Avner disse...

Olá poeta,

textos e imagens cheios de significados histórico-culturais e mitológicos que nos convidam a uma viagem no tempo e no inconsciente coletivo. Bonita e rica postagem ! Um abraço e obrigada pelo carinho de sempre.

Joaquim Maria Castanho disse...

E a tua compreensão deles também os melhora consideravelmente, pelo que o agradecimento deve ser todo meu. O teu blogue, inclusive, que muito me anima e motiva. Obrigado por existires e seres tão maravilhosamente atenciosa!