A aventura das palavras... das palavras... as palavras... as palavras

A aventura das palavras... das palavras... as palavras... as palavras
São o chão em chamas onde as lavras

sábado, junho 12, 2010

Sexto Cálice



Três vezes os pratos da balança se equilibraram no prumo horizontal
Dois a dois aferidos por um só destino no condomínio dos espelhos
Clepsidra de medir as vozes ao discernir da tarde antecedida e plural
Descendente ao meu beijo vertical até finalmente ante ti, de joelhos
Te beber dos olhos, dos seios, do ventre sustenido, um suspiro sideral.




Que temor pode esconder a eleição do corpo devotado nas espirais?
Que rodopio de luz se acende com teus passos de corroer o silêncio?
Que brilho pode ofuscar a serenidade às pedras seculares e medievais
Senão o do teu cério rosto sob os repentinos reflexos de digitais aedos
No senso incenso os jograis da luz na luta jus dos vitrais dos segredos
Esmeraldas e rubis, cristais e diamantes, mas todos eles subtis enredos
Ligados e unidos, pelos diademas ofegantes sob o jade de teus dedos.






Ceres te rendeu seu sexto sentido, e na empatia comum das cerialias
Em que as espigas gritam suas agulhas nos estames ao infinito manto
Eu sei-te pequenina mulher mil vezes menina protectora das famílias
No desvão recatado recanto afirmado ao labor cuidado de teu canto...





E dessa certeza, que mais do que de outra qualquer, se serve da beleza
Deméter ajusta seu ser entre a espiga e madeixa de cabelos a florescer
Para melhor ser fiel, eis-me crente na extensa fé, que sendo tu mulher
Entre as mulheres a que A Deus requer pequena, porém, sua fortaleza!

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