
Quando a sombra desliza protuberante
Entre as frestas da penumbra secular,
É a fantasia concubina em sonho distante
Esboçada promessa de ser, em lesto chegar.
É a magia do desejo traçando a secante
Ao interno novelo que enleia as preces,
Transformando o longe num instante
Em que te fazes autêntica... E apareces.
É o fulgor aceso do flashback desejado
A enobrecer a realidade, pondo amor
Inesperado no acaso, tornado áurea cor.

E também é o verde semáforo sincopado
Frente à zebra que nos queremos transpor
Em que à ousadia sempre incita outro Condor!
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