A aventura das palavras... das palavras... as palavras... as palavras

A aventura das palavras... das palavras... as palavras... as palavras
São o chão em chamas onde as lavras

quinta-feira, novembro 05, 2009


QUANTAS SÃO AS VOZES que proliferam
No nosso encontro há fantasmas
Inoportunos como as folhas caídas
À sombra de memórias célticas
Copadas no tinto da sofreguidão dúbia
Recôndita, ancestral, milenar, esguia
Escorreita de teus gestos de divina
Deslocada pela ausência semente
Da saudade imperfeita do futuro
Por que lutas e estudas e antecipas
Em cada gesto esquecido de mim
De nós.


És uma porta a que não sei bater
Sem tremer nos intentos punhos
Uma impotência interrompida no olhar.
Ninguém saberá este silêncio infrutífero
Por cada palavra em dizer calada
À força do medo e insegurança e solidão
E anos infindos a sofreguir expectativa
Ansiedade púrpura lívida de morte
Como esperança hipotecada de querer ser
Estar em minutos repartido segundo a décimo
Em ti, nos olhos, nos lábios, no sexo
Na aspiração contínua do dia a dia
Do sentir apagado das palavras...
... a pronunciar.

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