A aventura das palavras... das palavras... as palavras... as palavras

A aventura das palavras... das palavras... as palavras... as palavras
São o chão em chamas onde as lavras

sexta-feira, novembro 13, 2009



O meu sentir tem o cheiro das brisas do mar azul indomesticável
E os trejeitos simples das papoilas silvestres das searas trigueiras
De quando o vento sussurra intrigas à planície luminosa e fértil
Plena de maresia e sôfrega de meus olhos em si derretidos e desmaiados


E veste os mantos do negro estudantil em que esvoaça liberta
Afinando as horas pelo Abril de balada que ao fado acerta.
E joga comigo ao esconde-esconde de janela em janela, estar e ir,
Essa que eu mil vezes fixo nos fins-de-semana e feriados longos
Como se ela fosse a resolução de todos os meus problemas e hiatos.
Qualquer coisa como a moldura única de todas as minhas narrativas.
Universo ilimitado para o jogo de todas as minhas metáforas e elipses.
Campo de batalha para todas as minhas alegorias, imagens e sinédoques.
E comparações e prosopopeias e metonímias e ironias e alucinações.


Que nem ela fosse a revelação dos sonhos nas milhares de galáxias
Por descobrir e desvendar à plenitude dos corpos e das planícies
Ao infinito brilho de estrela que há em seus olhos de medir o céu.


Porque transporta consigo a esperança e fulgor dos ancestrais
Os genes que me faltavam para eu resumir a história da humanidade
Num só capítulo, todo ele de ir à escola e brincar pelas veredas
Correr pelas estradas à desfilada com o vento, voando sobre as estepes
Acendendo aqui e ali pequenos nenúfares de estames solfejados
Assobios de canoras aves ao despique com a madrugada que vestes
Mantos de violetas bravas sobre as muralhas de qualquer colina.

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