A aventura das palavras... das palavras... as palavras... as palavras

A aventura das palavras... das palavras... as palavras... as palavras
São o chão em chamas onde as lavras

terça-feira, novembro 03, 2009


Sabes como é isso, de quando a gente se vira
Contra a ansiedade e angústia e desespero
... E luta!
Deve ser-te fácil pois resististe
Sobreviveste
À tua infância tanto quanto eu
Que nada sou além
Este produto do sonho pela verdade, emigração e vero exílio.


E que faz a dor ser pequeno insecto
À volta da vela luz de descobrir sempre
Outro caminho mais sereno e seguro de queimar as asas,
Ou a simplicidade dum girassol fixando o rei
De igual para igual exalando aroma e sementes
Por mais sequiosas que sinta suas raízes.


Pois bem: é mesmo assim que se aprende.
Reconhecer é pelo menos saber;
Duas vezes é mais importante que um só experiência,
Como se fôssemos eu e tu numa curva
Contendo as lágrimas e obrigando o rio a seguir
U N O entre um de cada lado
Embora revolto contra as margens de nossos lábios.



Nunca esqueças então que no dia em que nasceste
A terra fez anos e celebrou-te
Argila da festa de esperar-te
E repetir-te
E referir-te
Dia de todo ano
Dia de todo o mês
Dia de todo o dia

Que nem fosse a alegria de teu nome
A porta que se abre para a vida
Na festa do avental secreto das flores
Raparigas celtas dançando plenas em roda
Na clareira silvestre da beleza que te sobra.


E escorre e molha e me lava e me resume
Quanto se apresta



E me resta e edita
Do passado banhado por puro sonho e cresta
A gesta

A naufragar na latinidade de teus olhos.

5 comentários:

dida disse...

que dizer destas palavras
tacteadas, amadurecidas,...?

tenho-as divulgado.

beijos.

Dida

Joaquim Maria Castanho disse...

Fixe, fixe, fixérrimo! Porque assim, sim, elas se reflectirão deveras tacteadas, amadurecidas e... compartilhadas. Obrigadão!

Maria disse...

nã tens de obrigadar!

o mais-que-tudo (que és tu), em palavras, estás num crescendo que...

... irá até aos céus? outras galáxias?

:)

jokas grandes.

Joaquim Maria Castanho disse...

Tenho, sim; principalmente a tua sensível generosidade. Porque esse é um dom que tu tens, com fartura e preciosa tempera, raridade, direi, bem rara nos dias de hoje. Pelo que partilhar contigo os meus poemas, saem eles sempre a ganhar, porque muito, um-iiii-to-oooo, valorizados.

dida disse...

a nossa Amizade é intemporal.
tudo dito!